A Mãe da Maria no Dia Internacional da Família
Um dia entrevistei a Mãe da Maria e ela contou-me o seguinte que me marcou para a vida:
“Quando ela (Maria, portadora de uma alteração genética – cromossomopatia – única) com cerca de 10 meses de idade, fazia quimioterapia, descobri que estava grávida do Tomás. Não lhe podia tocar e sentia-me impotente, não podia ajudar. E houve um dia em que ela estava no IPO, numa sala, sentada na cadeirinha dela. Eu longe, e só de a ver naquele sofrimento com três pelos, toda cinzenta, comecei a chorar. Não consegui aguentar. Sobretudo grávida, em que temos as hormonas encostadas aos olhos a empurrar lágrimas. Ela esticou a mão, agarrou-me e fez o maior sorriso do mundo. Eu pensei: o que é isto? Eu sou a mãe, não estou a fazer quimioterapia. Como é que eu estou a chorar, e ela, que está a levar com aquilo, tem esta capacidade de me reconfortar? A partir daí, a minha cabeça começou a mudar. Se ela tem força, eu tenho que ter muito mais do que ela. Eu fui mãe com a Maria!”.
Quando Maria nasceu, Inês recebeu a notícia dos médicos que a filha viveria no máximo 48 horas. O livro A Mãe de Maria é sobre esta viagem que dura até hoje – Maria tem 20 anos. Este livro é também sobre sobre as famílias perfeitas – que não existem. O que existe são famílias, que apesar das suas “imperfeições”, fazem a sua escolha: ser felizes.
A Mãe da Maria, além de um livro e de um blogue já premiado, chama-se Inês Rebelo.
No Dia Internacional da Família, vamos descobrir qual a palavra que pode definir A nossa Família.
Mais informações:
https://www.facebook.com/A-m%C3%A3e-da-Maria-1399269043723113/
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