Entrevistas ao Leitor,  Leituras do mundo

Folhear Bruxelas

Visões para o futuro, adoçadas com algum romantismo

O dia 9 de maio celebra um sonho para o futuro do continente europeu. E talvez tenha sido sempre, em grande medida, uma ideia romântica… como provam as dificuldades e crises que o projeto da União Europeia atravessou e com as quais se confronta agora, em tempos de pandemia. Da janela do meu apartamento em Bruxelas, onde levo a cabo, em teletrabalho, nas últimas sete semanas, as minhas funções de correspondente em Assuntos Europeus (na medida do possível para uma jornalista de televisão), vejo “maisons de maître” mais ou menos descaracterizadas, algumas árvores e um céu azul maravilhoso, que raramente nos brindava nas primaveras dos nove anos em que aqui tenho residido. É em frente desta janela que muitas vezes me ponho a ler, nomeadamente os dois livros que, em paralelo, me ocupam os tempos livres em tempos de confinamento. Um, faz-me refletir sobre o futuro, não só da Europa, mas do mundo («21 lições para o século XXI», de Yuval Noah Harari) e o outro é uma ode ao romantismo («O Museu da Inocência», de Orhan Pamuk), cuja ação se passa na Turquia, um vizinho com o qual a União Europeia nunca soube muito bem como lidar.

Não sei o que se lê, por estes dias, em Bruxelas, porque não convivo há largas semanas com jornalistas, políticos, especialistas e membros da sociedade civil e empresarial que pululam pela cidade. Mas, seguramente, vamos poder partilhar sobre isso muito em breve. 

Feliz Dia da Europa e boas leituras!

Isabel Marques da Silva, jornalista, Euronews, em Bruxelas

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