LeV uma desculpa para ler - Desculpas para Ler

Faça as malas e atreva-se a viajar de 13 a 17 de Maio com o Festival LeV – Literatura em Viagem.

Como surgiu esta ideia de criar o Festival LEV? Já estava programado ou foi em virtude do confinamento? O LeV — Literatura em Viagem vai já para a sua 14.ª edição e este ano, em função das normas de distanciamento social que todos devemos cumprir, realizar-se-á em livestream. Chegou-se ao entendimento que era importante manter o festival vivo e a chegar ao maior número de pessoas possível, daí que a opção tenha recaído num formato online a ser exibido nas páginas de Facebook da Câmara Municipal de Matosinhos e da Biblioteca Municipal de Matosinhos — Florbela Espanca. A juntar a estas plataformas, foi ainda possível estabelecer várias parcerias com livrarias, clubes de leitura, blogues, instituições de promoção do livro, editoras, etc., que farão a retransmissão das sessões em tempo real.

Porquê esta escolha de autores? Procuramos reunir um conjunto de autores, em conjunto com a Câmara Municipal de Matosinhos, que pudessem garantir uma conversa animada sobre as viagens que os moldaram ou que marcaram as suas obras. É um facto que este ano teremos mais autores internacionais, mas isso deve-se sobretudo ao facto de ser mais fácil agilizar as agendas de todos, uma vez que não precisam de se deslocar. Por fim, e porque não é uma questão de somenos importância, os orçamentos não são infinitos e nem sempre podemos trazer tantos escritores internacionais a Matosinhos como desejávamos, desta feita foi mais simples ter um lote maior de escritores de três continentes.

Estes autores, que selecionaram, são de lugares que quiseram conhecer? Porquê estes e não outros?- A escolha dos autores não se prende tanto com o facto de queremos ou não conhecer um determinado país. Curiosamente, de todos os países representados no LeV, o único que ainda não conhecemos é o Chile, mas isso não determinou a nossa escolha. Queríamos, isso sim, ter connosco a Isabel Allende, o Juan Gabriel Vásquez, o José Eduardo Agualusa, o Gonçalo M Tavares, etc. Porquê estes? Porque programar é fazer escolhas e para serem estes não pudemos ter outros. Tentamos fazer uma escolha que nos parecesse coerente em termos de qualidade, diversidade, de géneros literários, de idades, experiências de vida, etc.

O LEV é para todos ou tem um target específico? O LeV é um festival para toda a gente. Não é um festival para literatos, para homens ou mulheres, para viajantes, é um festival de pessoas para pessoas. Teremos conversas descontraídas com escritores que são ótimos contadores de histórias e capazes de nos fazer viajar.

O que levarão os espectadores desta viagem? Esperamos que levem muita vontade de ler. Estes festivais existem para estimular a leitura, a circulação de ideias, o encontro de culturas. Gostávamos muito que no final de cada conversa o público sentisse vontade de ler um livro da Matilde Campilho, da Lília Schwarcz ou do Ondjaki.

Dê-nos um bom motivo para ler. Todos os motivos são bons para ler. Mas ler faz-nos menos sozinhos, mais preparados para lidar com o mundo, mais empáticos, mais tolerantes. Se houver um leitor que não sinta estes efeitos então é um caso perdido. Mas que continue a ler. Nós queremos que até os casos perdidos possam ler. Toda a gente deve ler, nem que seja só para passar o tempo.

Qual é vossa desculpa para ler? É a mesma desculpa que temos para respirar, comer ou beber, é uma questão de sobrevivência. Claro que poderíamos viver sem ler, mas não seríamos as mesmas pessoas, não teríamos o mesmo mundo, nem teríamos tantos momentos de felicidade.

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